SINOPSE
Ao ser questionado, em uma entrevista, se havia abandonado os enredos fantásticos em seus contos por enredos mais realistas em razão de uma maturidade produzida pela idade, Jorge Luís Borges interrompeu o jornalista com um aviso: Alto lá, ainda não decidi qual das duas é verdadeira.
É um privilégio na literatura podermos distinguir entre o real e o fantástico e, no fim, vivenciarmos ambas as manifestações como se fossem verdades. Em um livro, mesmo as manchas que surgem são manifestações de uma intenção estética, avisando ao leitor que é hora de alumbramento.
A narradora de É tudo inventado, mas não é mentira nos apresenta a história de um adoecimento, em que a heroína Ana Borja não consegue diferenciar as manchas da realidade justamente quando um de seus filhos mais precisa, seduzido por teorias anticientíficas e conspiratórias.
A autora faz uso de metaficção para contar sua história, justamente quando mais precisamos, seduzidos por teorias anticientíficas e conspiratórias.
E alto lá, ainda não podemos dizer qual das duas é verdadeira.ar a indecisão, muitas vezes angustiante, de Borges: qual é a verdade?
SOBRE A AUTORA:
Camila Nicácio nasceu em Belo Horizonte (1977) e foi criada em Oliveira (MG). É professora da Faculdade de Direito da Universidade Federal de Minas Gerais. Autora dos livros de poesia Courts-métrages, poèmes visuels (Éditions Thot, 2011) e Ensaios para quase (Impressões de Minas, 2022). É tudo inventado, mas não é mentira é seu primeiro romance.
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