SINOPSE
Após tantos séculos esquecidas e à margem da história, as mulheres finalmente começam a ocupar o espaço que lhes cabe nas artes, na literatura, na política e na sociedade. Finalmente vivemos o momento de reconhecimento da autoria feminina, pois, apesar de presentes no cenário literário desde o século XVIII, a produção das primeiras escritoras foi sistematicamente ignorada pelos historiadores, chegando, em muitos casos, a desaparecer como se nunca tivesse existido. A publicação que ora vem a público – Memorial do Memoricídio: escritoras brasileiras esquecidas pela história – Vol. 1 –, com organização de Constância Lima Duarte e participação de 18 pesquisadoras, pretende continuar o trabalho de dar visibilidade às antigas escritoras. Alguns dos 40 nomes aqui presentes podem até surpreender, pois nunca foram mencionados nas histórias literárias; outros, apesar da calorosa recepção que tiveram de leitores ilustres, como Machado de Assis e Olavo Bilac, também foram excluídos do cânone por uma historiografia e uma crítica de perspectiva masculina. Mas, felizmente, alguns nomes até gozam hoje de certa divulgação, pois conseguiram romper a escuridão do anonimato, tornando-se temas de ensaios, teses e dissertações. A diversidade existente entre as escritoras dialoga com a diversidade das leituras realizadas, pois entre as autoras dos verbetes estão professoras universitárias, pesquisadoras da literatura de autoria feminina e pós-graduandas, cada qual com seu estilo, mas todas empenhadas em conhecer nosso passado literário.
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